quinta-feira, 4 de abril de 2013

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Daniel Aratangy, Gianfranco Briseño, 
Mario Rodrigues, Divulgação (livros)

CRISTIANA - AMOR E DOR

Cristiana Guerra costuma dizer que só sobreviveu aos dois últimos meses de gravidez porque o coração do bebê que ela carregava, Francisco, bateu por ele e por ela. Aos sete meses de gestação, esta publicitária de 37 anos, de Belo Horizonte, perdeu o amor de sua vida - Guilherme, o pai do menino. "Era um tempo tão feliz, eu agradecia todo dia por estar com o homem que mais amei, esperando um filho dele, num emprego legal", conta. "Às vezes, as pessoas falam que eu devo dar graças a Deus porque o Gui não morreu em um acidente ou assalto, mas ninguém tem a noção da violência que foi para mim a suavidade da morte dele. Simplesmente não existe explicação." Guilherme sofreu morte súbita, aos 38 anos, e foi Cris quem o encontrou, caído no chão da sala. Essa não foi a primeira grande perda que enfrentou. Seu pai e sua mãe morreram de câncer e ela passou por dois abortos espontâneos no primeiro casamento.
Diário para um bebê
Depoimentos sobre sua história de vida estão no em seu blog, que Cris criou quatro meses depois do nascimento de Francisco para apresentar o pai a ele. "Quando consigo transformar a dor em um texto sensível, ela se transforma também. Apesar de tudo, não teve um dia em que eu não tenha ficado alegre, porque meu filho é o meu amor pelo Gui andando pela casa." Escrever, e a proximidade dos amigos, a ajuda a tentar driblar a tristeza. Ela até colocou em prática um blog sobre moda. "Era uma idéia antiga, que eu vinha discutindo com o Gui", diz. "Mesmo ele tendo ido embora, eu continuo sendo a pessoa melhor que ele me tornou. Por isso nosso amor foi e é tão bonito."

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