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Daniel Aratangy, Gianfranco Briseño,
Mario Rodrigues, Divulgação (livros)
CRISTIANA - AMOR E DOR
Cristiana
Guerra costuma dizer que só sobreviveu aos dois últimos meses de
gravidez porque o coração do bebê que ela carregava, Francisco, bateu
por ele e por ela. Aos sete meses de gestação, esta publicitária de 37
anos, de Belo Horizonte, perdeu o amor de sua vida - Guilherme, o pai do
menino. "Era um tempo tão feliz, eu agradecia todo dia por estar com o
homem que mais amei, esperando um filho dele, num emprego legal", conta.
"Às vezes, as pessoas falam que eu devo dar graças a Deus porque o Gui
não morreu em um acidente ou assalto, mas ninguém tem a noção da
violência que foi para mim a suavidade da morte dele. Simplesmente não
existe explicação." Guilherme sofreu morte súbita, aos 38 anos, e foi
Cris quem o encontrou, caído no chão da sala. Essa não foi a primeira
grande perda que enfrentou. Seu pai e sua mãe morreram de câncer e ela
passou por dois abortos espontâneos no primeiro casamento.
Diário para um bebê
Depoimentos sobre sua história de vida estão no em seu blog,
que Cris criou quatro meses depois do nascimento de Francisco para
apresentar o pai a ele. "Quando consigo transformar a dor em um texto
sensível, ela se transforma também. Apesar de tudo, não teve um dia em
que eu não tenha ficado alegre, porque meu filho é o meu amor pelo Gui
andando pela casa." Escrever, e a proximidade dos amigos, a ajuda a
tentar driblar a tristeza. Ela até colocou em prática um blog sobre moda.
"Era uma idéia antiga, que eu vinha discutindo com o Gui", diz. "Mesmo
ele tendo ido embora, eu continuo sendo a pessoa melhor que ele me
tornou. Por isso nosso amor foi e é tão bonito."
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